ATIVIDADE ANTI-MAYARO DO EXTRATO E FRAÇÕES DE Turnera subulata Sm

Autores

  • Larissa Rico Bertolino dos Santos Farmácia, Universidade Federal de Mato Grosso – Campus Universitário de Sinop, Sinop, MT
  • Bruna Gamba Programa de Pós-graduação Ciências em Saúde, Universidade Federal de Mato Grosso – Campus Universitário de Sinop, Sinop, MT
  • Carla Regina Andrighetti Programa de Pós-graduação Ciências em Saúde, Universidade Federal de Mato Grosso – Campus Universitário de Sinop, Sinop, MT

Palavras-chave:

Arbovírus, antiviral, produto natural

Resumo

A Febre do Mayaro é uma doença infecciosa febril aguda, cujo quadro clínico geralmente é de curso benigno, semelhante a Dengue e a Chikungunya. A doença é causada pelo vírus Mayaro (MAYV), um arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) da família Togaviridae, gênero Alphavirus, assim como o vírus Chikungunya (CHIKV), ao qual é relacionado genética e antigenicamente.  Ele é considerado endêmico em várias regiões do Brasil, principalmente na região amazônica. A espécie Turnera subulata Sm, popularmente chamada por Chanana, Xanana, Damiana ou Flor-do-Guarujá, é empregada na medicina popular para cessar a tosse, gripe, bronquite, inflamações, diabetes, hipertensão, entre outros usos. A ela são atribuídas algumas ações farmacológicas já comprovadas cientificamente, como por exemplo, anti-inflamatória, antiulcerogênicas, antioxidantes, antimalárica e moluscida.  Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antiviral do extrato bruto e de frações preparadas a partir da espécie Turnera subulata Sm (Turneraceae) contra o vírus Mayaro. A planta foi coletada na região urbana da cidade de Sinop - Mato Grosso e sua exsicata está depositada no Herbário Centro-Norte-Mato-Grossense/UFMT/CUS sob número de tombo 4881. Os talos e folhas de T. subulata foram extraídos com etanol a 70%, por maceração. Após filtração e evaporação obteve-se o extrato bruto etanólico (EBE) que foi submetido a partição com solventes de polaridade crescente, obtendo–se assim a fração hexano (FH), duas frações acetato de etila (FAE e FAE2) e a fração n-butanol (FBu). O estudo da avaliação da citotoxicidade foi realizado através do ensaio colorimétrico de sulforodamina B e avaliação da atividade antiviral pelo ensaio de redução de placas de lise. Os valores de concentração citotóxica a 50% (CC50) variaram de 100,23 µg/mL a > 500 µg/mL para as amostras testadas. A fração FAE apresentou atividade anti-Mayaro apresentando um valor de concentração efetiva a 50% (CE50) igual a 69,95 µg/mL e um valor de Índice de Seletividade (IS=CC50/CE50) igual a 1,43. As amostras EBE, FH, FAE2 e FBu apresentaram porcentagens de inibição da replicação viral menores do que 50% nas concentrações testadas, não sendo possível calcular a CE50. Assim, pode-se verificar que a fração FAE da espécie Turnera subulata apresentou atividade contra o vírus Mayaro. Estudos fitoquímicos estão em andamento a fim de identificar as substâncias responsáveis por esta atividade.

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Publicado

2023-04-12

Como Citar

RICO BERTOLINO DOS SANTOS, L.; GAMBA, B.; ANDRIGHETTI, C. R. ATIVIDADE ANTI-MAYARO DO EXTRATO E FRAÇÕES DE Turnera subulata Sm . Anais do Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil, [S. l.], 2023. Disponível em: https://resumos.sbpmed.org.br/index.php/spmb/article/view/142. Acesso em: 18 jun. 2025.

Edição

Seção

Farmacologia e Toxicologia