INVASÃO BIOLÓGICA DA CRYPTOSTEGIA MADAGASCARIENSIS SOBRE A COPERNICIA PRUNIFERA

Autores

  • Mahara Joana Sena Viana
  • Fernanda Melo Gomes
  • Letícia Duarte Silva

Resumo

Introdução: Um dos problemas que mais assolam e ameaçam a biogenocenose mundial são as invasões biológicas, evento de implantação de uma espécie que não é natural no local, tornando-as espécies exóticas. Certas adaptações ajudam na sobrevivência como, rápido crescimento, sementes com fácil dispersão e alta germinação, além de produção de substâncias alelopáticas. Formam grandes populações, prejudicando as nativas e alterando a diversidade biológica. Com alta plasticidade fenotípica, adaptam-se a locais antropizados e degradados. Uma das espécies exóticas invasoras presentes no Brasil, mais especificamente na caatinga, é a Cryptostegia madagascariensis, conhecida como videira-seringueira de Madagascar ou viúva-alegre. Arbusto trepador, pertencente à família Apocynaceae, domina locais antropizados, zonas de matas ciliares e transitoriamente alagado. Fruto seco deiscente, sementes comosas, dispersão anemocórica. Objetivos: O presente resumo tem como objetivo relatar sobre a invasão biológica da Cryptostegia madagascariensis sobre a Copernicia prunifera e seu prejuízo para os carnaubais. Metodologia: Foram selecionados estudos dos últimos 20 anos, realizando uma pesquisa bibliográfica a partir de palavras chaves como: invasividade, espécies invasoras, caatinga. Resultados: A C. madagascariensis vem prejudicando a palmeira endêmica Copernicia prunifera, chamada de carnaúba, pertencente à família Arecaceae. A carnaúba é produtora de cera e sua palma é usada para fins artesanais, sendo fonte de renda para vários trabalhadores rurais e comunidades tradicionais. Encontrada em vales de rios, ficando alagados durante a estação chuvosa, posteriormente presenciando um longo período de seca e solos com alta quantidade de sais minerais e acúmulo de íons de sódio, tendo alta plasticidade para enfrentar estresses ambientais. A C. madagascariensis cresce sob o caule da C. prunifera, cobrindo completamente sua copa, impedindo-a de receber radiação solar, inibindo sua fotossíntese, sucedendo assim a senescência foliar, sufocando-a e levando-a à morte. Conclusão: A invasividade da C. madagascariensis é motivo de preocupação para as espécies nativas, principalmente a carnaúba. O seu alto potencial competitivo e alta plasticidade torna perigoso a perda de populações carnaubeiras, em que serve de faturamento para vários trabalhadores. A presença de novos estudos sobre a fisiologia e bioquímica da C. madagascariensis, trará um melhor conhecimento de como diminuir os impactos causados pela C. madagascariensis sobre a Conifera prunifera.

 

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Publicado

2023-04-12

Como Citar

SENA VIANA, M. J.; FERNANDA MELO GOMES; DUARTE SILVA, L. INVASÃO BIOLÓGICA DA CRYPTOSTEGIA MADAGASCARIENSIS SOBRE A COPERNICIA PRUNIFERA. Anais do Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil, [S. l.], 2023. Disponível em: https://resumos.sbpmed.org.br/index.php/spmb/article/view/40. Acesso em: 9 maio. 2025.

Edição

Seção

Botânica/etnobotanica