ATIVIDADE ANTIPROLIFERATIVA DA CIRSIMARINA EM CÉLULAS MCF-7 CULTIVADAS EM MODELOS 2D E 3D

Autores

  • Marcelino Santos do Rosário
  • Juliana Mara Serpeloni
  • Larissa Cristina Bastos de Oliveira
  • Andressa Fujikeuma
  • Katiuska Tuttis
  • Diego Luís Ribeiro
  • Marcos Bispo Pinheiro Câmara
  • Ilce Mara de Sylos Cólus
  • Claudia Quintino da Rocha

Resumo

Introdução: O câncer da mama é a malignidade mais frequente nas mulheres, com uma taxa de 70% de possibilidade de os doentes serem curados. No entanto, a doença metastática não é considerada curável utilizando as opções terapêuticas atualmente disponíveis. A utilização de compostos de oriegem natural tem sido relatada como uma opção interessante e otimista na quimioprevenção do cancro porque apresenta uma melhor eficácia e menos efeitos adversos. A cirsimarina (CIR) é uma flavona extraída das partes aéreas de diferentes plantas, incluindo a erva medicinal Scoparia dulcis, popularmente conhecida “vassourinha”. Objetivo: Esta investigação teve como objetivo avaliar in vitro a atividade antiproliferativa de CIR na linhagem celular de adenocarcinoma de mama humano (MCF-7) cultivada em cultura de monocamada bidimensional (2D) e esferóides 3D (MCTS) através da viabilidade celular. Método: partes aéreas de Scoparia dulcis L. foram coletados na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), cidade de São Luís (MA, Brasil). A extração foi feita por maceração utilizando etanol. Cirsimarina foi obtida por partição, usando CHCl3: H2O (1:10, v/v) pela formação de uma fase intermediária. Este material foi submetido à análise por Cromatografia em Camada Fina. Este composto foi analisado por HPLC-PDA (Shimadzu, Kyoto, Japão), λ = 254 nm e espectrometria de massa. O ensaio de viabilidade celular (ensaio de redução em risazurina) foi realizado de acordo com Eilenberger et al. (2018). As concentrações utilizadas foram baseadas na diluição máxima da flavona em DMSO. A viabilidade celular foi calculada a partir da diferença entre os valores resultantes da leitura das placas em espectofotômetro de 570 nm e 600 nm. Resultado: Os resultados mostraram que docetaxel (DT) e CIR provocaram tanto desagregação quanto irregularidade na superfície dos esferóides.  Já os genes relacionados à morte celular de MCTS tratados com CIR foram modulados negativamente. Em MCTS, a viabilidade celular foi reduzida na concentração de 40 μM em diferentes tempos de tratamento. No entanto, a redução máxima da viabilidade foi de 23% no tratamento de 48 h com a maior concentração (320 μM). Conclusão: Os resultados foram promissores em células 2D e 3D com propriedades relevantes para estratégias de longo prazo para evitar metástases e melhorar efetivamente os estados prognósticos no câncer de mama.

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Publicado

2023-04-12

Como Citar

SANTOS DO ROSÁRIO, M.; MARA SERPELONI, J.; BASTOS DE OLIVEIRA, L. C.; FUJIKEUMA, A.; TUTTIS, K.; LUÍS RIBEIRO, D.; BISPO PINHEIRO CÂMARA, M.; MARA DE SYLOS CÓLUS, I.; QUINTINO DA ROCHA , C. . ATIVIDADE ANTIPROLIFERATIVA DA CIRSIMARINA EM CÉLULAS MCF-7 CULTIVADAS EM MODELOS 2D E 3D. Anais do Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil, [S. l.], 2023. Disponível em: https://resumos.sbpmed.org.br/index.php/spmb/article/view/45. Acesso em: 9 maio. 2025.