PRODUÇÃO DE MASSA SECA DE PLÂNTULAS DE TIMBÓ EM CONDIÇÕES DE CULTIVO IN VITRO

Resumo

O timbó (Derris urucu (Killip et Smith) Macbride) vem sendo utilizado como bioinseticida, porém apresenta também potencial de uso no tratamento de câncer. Este trabalho teve como objetivo verificar a produção de massa seca de timbó em condições de cultivo in vitro, em meio nutritivo de Murashige e Skoog (1962) (‘MS’). O experimento foi realizado em laboratório da Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5 x 3, sendo cinco concentrações dos sais de macro e micronutrientes de ‘MS’ (1/1; ½; ¼; 1/8 e 1/16) e três épocas de avaliação (12, 24 e 35 dias), sem adição de regulador de crescimento. Os meios de cultura foram solidificados com 0,7% de ágar e pH ajustado para 5,7±0,1 antes da autoclavagem. Todos os tratamentos foram mantidos em sala de crescimento durante 35 dias, sob irradiância de 25 µmol.m^-2.s^-1, temperatura e umidade relativa do ar de 26±1°C e 70±5%, respectivamente, e fotoperíodo de 16 h. As variáveis estudadas foram matéria seca da raiz (MSR), matéria seca do caule (MSC) e matéria seca da folha (MSF). Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância para as variáveis em questão, e quando significativos, procederam-se as análises de regressão polinomial. Verificou-se que para MSR e MSC houve efeito significativo (p < 0,01) na interação entre concentrações de nutrientes e as épocas de avaliação (DCIV) e apenas da época de avaliação para a MSF. A MSR apresentou comportamento quadrático aos 24 e 35 dias de cultivo in vitro, com expressiva redução nos meios formulados com as concentrações de nutrientes superiores a 50%. Para a MSC, o desdobramento da interação mostrou que essa variável apresentou resposta quadrática aos 12, 24 e 35 dias de cultivo in vitro, com reduções de crescimento a partir das concentrações inferiores a 50% nutrientes do meio nutritivo 'MS'. Para a MSF observou-se superioridade aos 35 dias de cultivo in vitro. A resposta mais eficiente de crescimento de plântulas de D. urucu, em condições de cultivo in vitro, é proporcionada pela formulação constituída com 50% dos sais dos macros e micronutrientes do meio nutritivo 'MS'.