APLICAÇÃO DE FITOTERÁPICOS

NA MEDICINA VETERINÁRIA

Autores

  • Jennifer Dolzanes
  • Cássia Maria Pedroso dos Santos CENTRO UNIVERSITÁRIO DA AMAZÔNIA UNAMA
  • Gabriela Bianchi dos Santos Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal do Oeste do Pará.

Palavras-chave:

Amazônia, Fitoterápicos, Etnoveterinária, Plantas medicinais

Resumo

A fitoterapia é uma alternativa não invasiva e benéfica aos animais que pode, dependendo do caso, ser utilizada como tratamento único ou complementar. No entanto, é fundamental conhecer sua aplicabilidade e toxicologia para estabelecer a administração de forma segura e eficaz. Embora seja uma terapia natural é importante a orientação de um médico veterinário especializado e com conhecimento atualizado na área de fitoterapia. O objetivo deste trabalho foi analisar os cenários científicos e acadêmicos da utilização de plantas medicinais como alternativa de tratamento para afecções em animais domésticos. O estudo abordou a fitoterapia na medicina veterinária, devido à facilidade de acesso às plantas eficaz para diversas doenças e excelente custo/benefício, incentivando assim, a possibilidade desta terapia em animais. A metodologia adotada baseou-se em pesquisas bibliográficas nas bases de dados google acadêmico e Scientific Electronic Library online (SciELO), nos idiomas português e inglês em materiais publicados em periódicos e livros pertinentes ao assunto; a coleta de dados foi realizada no período de março de 2021 até junho de 2022 que demonstravam a utilização de plantas medicinais de interesse na medicina veterinária, igualmente, espécies nativas da Amazônia com propriedades terapêuticas voltadas para saúde animal. Os dados foram sistematizados e, a partir dos resultados obtidos, foram identificadas 22 espécies botânicas de potencial terapêutico para tratamentos em animais, como Salix alba L. (salgueiro), empregado no tratamento dermatológico para prurido atuando como anti-histamínico; Saccharomyces cerevisiae Meyen (cevada) age como repelente natural para animais domésticos; Taraxacum officinale weber (dente de Leão) estimula o apetite e é diurético. O Viscum album (visgo) em gatos portadores de fibrossarcoma, obteve resultados benéficos como terapia coadjuvante à quimioterapia. Verificado também o efeito positivo de plantas anti-helmínticas como a casca da Carica papaya (mamão) e suas folhas que são usadas para cães como anti-helmíntico. Do mesmo modo, foi solidificado o potencial fitoterápico da espécie nativa amazônica da Carapa guianensis Aubl. (andiroba) e Libidibia ferrea (jucá) funções cicatrizante, repelente e acaricida em cães e gatos. Como conclusão, observamos que os fitoterápicos podem contribuir na terapêutica veterinária, com excelente custo/benefício e eficaz para diversas enfermidades, apesar do uso ainda incipiente no Brasil. É pertinente destacar que a comercialização desses produtos deve obedecer às normas legais validadas na Lei Número 12.689, de 19 de julho de 2012, redigida pelo MAPA, cuja eficácia e segurança sejam validados por levantamentos etnofarmacológicos, documentações técnicas-cientificas ou evidências clínicas, e sua indicação deve ser prescrita por médicos veterinários habilitados.

Referências

BRASIL. Lei Número 12.689, de 19 de julho de 2012. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Brasília, 19 de julho de 2012; 191º da Independência e 124º da República.

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Publicado

2023-04-12

Como Citar

DOLZANES, J.; PEDROSO DOS SANTOS, C. M.; BIANCHI DOS SANTOS, G. APLICAÇÃO DE FITOTERÁPICOS : NA MEDICINA VETERINÁRIA. Anais do Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil, [S. l.], 2023. Disponível em: https://resumos.sbpmed.org.br/index.php/spmb/article/view/72. Acesso em: 2 jul. 2025.