CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO ÓLEO ESSENCIAL DE PAU ROSA (ANIBA ROSIODORA DUCKE)

Autores

  • LILIAN BRAGA Universidade de Brasília
  • Tereza Pastore Laboratório de Produtos Florestais, Serviço Florestal Brasileiro, Brasília, DF.
  • Calebe Velasco
  • Daniele Kunze
  • Floriano Pastore Jr
  • Alessandro Moreira
  • Priscila Anjos
  • Caroline Lara
  • Jez Willian Braga

Palavras-chave:

HCA, PCA, óleo de pau rosa; linalol; controle de qualidade.

Resumo

Aniba rosiodora Ducke é uma espécie aromática nativa da floresta Amazônica fonte de um óleo essencial (OE) extremamente valorizado nacional e internacionalmente por seu aroma e alto teor de linalol (78 % a 93 %), sendo largamente usado como fixador de perfumes na indústria cosmética. Além disso, apresenta várias aplicações medicinais, tais como: analgésica, antidepressiva, antimicrobiana, etc.1,2 Devido à variabilidade do tipo de matéria prima (folhas, galhos, tronco ou raízes) ou processo de extração, a composição química do OE de pau rosa pode variar. Contudo, os poucos estudos que apresentam uma caracterização físico-química não abrangem essa variabilidade. Diante desse contexto, este trabalho tem o intuito avaliar e comparar resultados de diferentes parâmetros físico-químicos do OE de pau rosa obtido de diferentes origens, matérias primas e métodos de extração usando a Análise Hierárquica de Agrupamentos (HCA) de Componentes Principais (PCA). Foram analisadas 21 amostras de óleo de pau rosa de diferentes fontes (usinas de produção, mercados locais, diretamente de associações comunitárias e feiras livres). Destas, 10 amostras foram adquiridas da Magaldi Agro Comercial e Industrial LTDA (MAG), consideradas padrão de referência e pureza verificada por análise de CG-MS. As demais 11 amostras também foram consideradas compatíveis com o óleo de pau rosa puro por apresentarem perfil químico compatíveis com as de referência, segundo o CG-MS. As amostras foram armazenadas ao abrigo de luz e mantidas a 4ºC até a realização das análises. Os ensaios físico-químicos seguiram as Normas ISO: densidade relativa (ISO 279:1998), solubilidade em etanol 70% (ISO 875:1999), Índice de refração (ISO 280:1998) e rotação óptica (ISO 592:1998). A cor do OE foi determinada usando um smartphone e um aplicativo para registar valores de RGB. A atividade antioxidante foi determinada pelo método DPPH (1,1-diphenyl-2-picrylhydrazyl) empregando 60 minutos e leitura em 517 nm. O teor médio de linalol nas amostras analisadas foi de 90 ± 4%. A HCA e PCA revelou que não há um agrupamento claro por origem. Contudo, as amostras da marca MAG apresentaram menor variação, o que pode estar relacionado com o maior controle do processo de extração. Dentre os parâmetros avaliados, apenas rotação óptica e atividade antioxidante apresentaram elevada correlação entre si. Os resultados demostram que, apesar das variações de processo, origem e matéria prima, os OE amostrados foram semelhantes entre si de acordo com os parâmetros estudados, o que pode facilitar a obtenção de valores médios para caracterizar esse importante insumo da área cosmética e medicinal.

Referências

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Publicado

2023-04-12

Como Citar

BRAGA, L.; PASTORE, T.; VELASCO, C.; KUNZE, D.; PASTORE JR , F.; MOREIRA, A.; ANJOS, P.; LARA, C.; BRAGA, J. W. CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO ÓLEO ESSENCIAL DE PAU ROSA (ANIBA ROSIODORA DUCKE) . Anais do Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil, [S. l.], 2023. Disponível em: https://resumos.sbpmed.org.br/index.php/spmb/article/view/173. Acesso em: 9 maio. 2025.

Edição

Seção

Tecnologia farmacêutica e controle de qualidade

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