ÓLEO ESSENCIAL DE PECTIS ELONGATA KUNTH NANOESTRUTURADO E SEU POTENCIAL ANTIMICROBIANO

Autores

  • Patricia Pires
  • Herman Ascensão Silva Nunes
  • Sandra Layse Ferreira Sarrazin
  • Lenise Ascensão Silva Nunes

Resumo

Introdução: Pectis elongata Kunth, é uma planta herbácea, conhecida no Norte do Brasil como "cuminho-bravo". É uma espécie rica em óleo essencial, que apresenta como constituinte majoritário o citral. No entanto, sabe-se que óleos essenciais apresentam baixa solubilidade e alta volatilidade, limitando o uso como agente terapêutico. Dessa forma, a inserção de óleos essenciais em sistemas nanoestruturados, como nanoemulsões, pode configurar uma alternativa promissora para contornar as limitações relacionadas à sua utilização. Objetivo: Avaliar a eficiência do processo de nanoemulsificação do óleo essencial de P. elongata sobre a retenção de seus principais constituintes voláteis, além de sua propriedade antimicrobiana. Método: O óleo essencial foi obtido através do método de hidrodestilação, realizou-se o processo de nanoemulsificação utilizando o método de baixo aporte de energia e Tween80 como surfactante, a nanoemulsão obtida passou por análise de potencial Zeta e índice de polidispersão. Para investigar a estabilidade do sistema nanoestruturado, determinamos a composição química do óleo livre e nanoemulsificado, utilizando técnica de cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas. Posteriormente, utilizamos o método de microdiluição em caldo para determinar a Concentração Inibitória Mínima e Concentração Bactericida Mínima da nanoemulsão. As cepas padrões selecionadas para estudo foram: Streptococcus pyogenes S012, Staphylococcus epidermidis S010 e Staphylococcus aureus S008, nos tempos iniciais e finais do período de armazenamento (0 e 360 dias, respectivamente). Resultado: A nanoemulsão resultou em partículas com tamanho nanométrico (109,7 ± 1,4 nm), baixo índice de polidispersão (0,182 ± 0,00) e potencial zeta negativo (-32,3 ± 1,2 mV). Estes resultados caracterizam-na como uma nanoemulsão com distribuição uniforme de tamanhos e forças de repulsão forte o suficiente para impedir a coalescência entre partículas. Na análise de cromatografia as amostras foram armazenadas sob temperatura de 25°C, sendo as análises químicas das nanoemulsões realizadas nos tempos 0, 7, 15, 60 e 360 dias pós-preparo. Os resultados apontaram o citral como constituinte majoritário para todas as amostras analisadas onde, no óleo livre, a concentração deste composto foi determinada em 92,5%; e no sistema nanoestruturado, nos respectivos tempos citados, a concentração de citral foi determinada em 92,8%, 92,6%, 90,8,0%, 95,7% e 78,9%, também foi constatado que a nanoemulsão apresentou potencial antimicrobiano, mesmo após 360 dias de armazenamento. Conclusão: O processo de nanoemulsificação do óleo essencial de P. Elongata, foi capaz de produzir uma nanoemulsão fisicamente estável, apresentando eficácia tanto em manter suas propriedades químicas, quanto em preservar suas propriedades biológicas, inibindo o crescimento de microorganismos.

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Publicado

2023-04-12

Como Citar

PIRES , P.; ASCENSÃO SILVA NUNES, H.; FERREIRA SARRAZIN, S. L.; ASCENSÃO SILVA NUNES, L. ÓLEO ESSENCIAL DE PECTIS ELONGATA KUNTH NANOESTRUTURADO E SEU POTENCIAL ANTIMICROBIANO. Anais do Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil, [S. l.], 2023. Disponível em: https://resumos.sbpmed.org.br/index.php/spmb/article/view/206. Acesso em: 26 abr. 2025.

Edição

Seção

Atividade biológica e etnofarmacologica

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