PROPRIEDADES FITOTERÁPICAS DA Bidens pilosa L. (ASTERACEAE) “PICÃO PRETO” – UMA REVISÃO

Autores

  • Sabrina Braga Castro
  • Ana Evelynne dos Santos Marques Universidade da Amazônis
  • Darcy Pereira Fernandes Filho Universidade Federal do Oeste do Pará https://orcid.org/0000-0003-3665-6370
  • Regiane Sablina Almeida Bernardes Universidade Federal do Oeste do Pará

Palavras-chave:

Fitoquímico, Fitoterápico, Plantas Medicinais, Antioxidante, Ervas Medicinais

Resumo

Introdução: A espécie Bidens pilosa L., popularmente conhecida como picão preto ou carrapicho, se desenvolve em solos tropicais, é facilmente encontrada em grande parte do território brasileiro, podendo passar totalmente despercebida como uma simples erva daninha (GILBERT, 2013). De acordo com a literatura esta planta apresenta propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, antifúngicas e anti-hipertensivas demonstrando benefícios no tratamento e na prevenção de diversas patologias, dentre elas, hepatite, câncer e diabetes (PIO, 2015). Objetivo: Descrever as propriedades fitoterápicas da B. pilosa no tratamento de determinadas enfermidades que afetam a saúde humana. Materiais e Métodos: Essa pesquisa trata-se de uma análise bibliográfica qualitativa realizada nas bases de dados da Scielo, Biblioteca Virtual da Fiocruz, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Google Acadêmico. Quanto aos critérios de inclusão, utilizou-se artigos completos, disponíveis para a leitura, em português publicados entre os anos 2010 a 2022. Resultados e Discussões: De acordo com os dados levantados, observou-se que a espécie B. pilosa dispõe de 201 compostos fitoquímicos, sendo 19 deles fenilpropanóides, 70 alifáticos, 25 terpenóides e 60 flavonóides e os meios de extração que apresentam mais eficácia são extrato aquoso, metanólico, hidroetanólico e acetato de etila. No que se refere ao efeito anticancerígeno, o uso do extrato aquoso aquecido promove a inibição no desenvolvimento de células tumorais no tratamento da Leucemia/Linfoma de células T. O extrato aquoso das folhas atua na profilaxia de lesões hepáticas e cicatrização de feridas, e em função de conter componentes como os flavonoides, B. pilosa auxilia na prevenção de doenças inflamatórias e causadoras de distúrbios metabólicos, pois apresentam bioativos anti-inflamatórios e antioxidantes.  Com relação as propriedades hipoglicemicas, o extrato metanólico auxilia no tratamento do diabetes, regulando a elevação dos níveis de insulina e proteção das células pancreáticas, doença esta que até 2030, afetará aproximadamente 366 milhões de pessoas, conforme afirma a Organização Mundial de Saúde. Considerações: A partir dos dados analisados, identificou-se que a planta B. pilosa por conter uma grande variedade de compostos fitoquímicos, possui vários benefícios terapêuticos, podendo ser um fitoterápico promissor no tratamento de diversas enfermidades, havendo necessidade de estudos mais aprofundados que visem uma melhor identificação e atuação dos compostos presentes na planta.

Biografia do Autor

Darcy Pereira Fernandes Filho, Universidade Federal do Oeste do Pará

Graduando em Farmácia no Instituto de Saúde Coletiva (ISCO) da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e bolsista PETiano do programa de educação tutorial (PET) conexões de saberes de estudos interdisciplinares comunidade do campo. Cursou disciplinas do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde como formação complementar aos conhecimentos relacionados a saúde, políticas públicas e determinantes sociais. Integra o grupo de pesquisa Saúde, Ambiente e Qualidade de Vida na Amazônia. Suas áreas de interesses são voltadas nos campos de assistência farmacêutica, medicamentos, plantas medicinais e saúde coletiva.

Regiane Sablina Almeida Bernardes, Universidade Federal do Oeste do Pará

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará (2004). Mestrado em Botânica pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, (2009) e Doutorado em Biotecnologia, pelo Programa de Pós-Graduação - Rede BIONORTE (2018). Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em: Etnobotânica, Fisiologia Vegetal, Bioquímica Vegetal e Bioprospecção de Plantas Medicinais. Servidora Pública Federal (UFOPA) desde 2018, lotada no Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA), com atuação no Laboratório de Biologia Molecular (LABIMOL).

Referências

BARTOLOME, A.P, VILLASEÑOR, I.M, YANG, W. Bidens pilosa L. (Asteraceae): Propriedades Botânicas, Usos Tradicionais, Fitoquímica e Farmacologia, Medicina Complementar e Alternativa Baseada em Evidências, vol. 2013. Disponível:https://www.hindawi.com/journals/ecam/2013/340215/. Acesso em 2 set. 2022.

GILBERT, B. Monografia Bidens pilosa L. Asteraceae (Compositae, subfamília Heliantheae). Revista Fitos, Rio de Janeiro, vol 8 (1) Jan-Março de 2013. Disponível: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/handle/icict/15136/16.pdf;jsessionid=EB6350D46C73BD466A0BA26D6D6A1721?sequence=2. Acesso em 2 set. 2022.

PIO, I.D.S.L Atividades farmacológicas de Bidens Pilosa: Uma revisão descritiva da literatura. UFS, 2015. Disponível: https://seer.ufs.br/index.php/revipi/article/view/3484. Acesso em 30 ago. 2022.

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Publicado

2023-04-12

Como Citar

BRAGA CASTRO, S. .; EVELYNNE DOS SANTOS MARQUES, A.; PEREIRA FERNANDES FILHO, D.; SABLINA ALMEIDA BERNARDES, R. PROPRIEDADES FITOTERÁPICAS DA Bidens pilosa L. (ASTERACEAE) “PICÃO PRETO” – UMA REVISÃO. Anais do Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil, [S. l.], 2023. Disponível em: https://resumos.sbpmed.org.br/index.php/spmb/article/view/69. Acesso em: 25 abr. 2025.

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