TIPOS QUÍMICOS DO ÓLEO ESSENCIAL DE Lippia alba (Mill.) N. E. Brown (VERBENACEAE)

Autores

  • Karina Alcântara de Sousa
  • Antonio Quaresma Silva Junior Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Adenilson de Sousa Barroso Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Rosa Helena Veras Mourão Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Leoneide Erica Maduro Bouillet Universidade Federal do Oeste do Pará

Palavras-chave:

Erva Cidreira, Amazônia, Constituintes voláteis

Resumo

Conhecida como erva-cidreira, a Lippia alba é uma planta pertencente à família Verbenaceae, que possui ampla variabilidade química em seus óleos essenciais, resultando em diferentes quimiotipos e com várias aplicações terapêuticas. L. alba é empregada principalmente na forma de chás, extratos, tinturas, compressas e banhos para aliviar estresse, insônia, sintomas de gripe e resfriado, diarreia, cefaleia e outras enfermidades. Devido a sua variabilidade química, é importante ter cautela ao utilizar L. alba como fitoterápico, pois o usuário poderá estar consumindo material não adequado para atingir a finalidade medicinal desejada. Dessa forma, o objetivo da pesquisa foi realizar uma análise química dos óleos essenciais de dois espécimes de Lippia alba coletados na Vila de Alter do Chão, Santarém, Pará, Brasil e uma amostra de cultivo comercial de Serra Negra, São Paulo, Brasil. As amostras de óleos essenciais provenientes de Alter do Chão (L.alba1 e L.alba2) foram obtidas a partir das partes aéreas da planta (folhas e caules) por hidrodestilação e a amostra de Serra Negra por arraste a vapor (L.alba3). Os constituintes voláteis foram determinados por cromatografia gasosa acoplada a um espectrômetro de massas. Os perfis cromatográficos das amostras apresentaram três quimiotipos diferentes:  L.alba1 com alto teor de citral (neral 23,84% e geranial 32,31%); L.alba2 com carvona (30,72%), 1,8-cineol (14,37%) e limoneno (10,3%); e L.alba3 constituído majoritariamente por linalol (68,31%). Estudos realizados em diferentes localidades do Brasil evidenciaram a variação dos constituintes voláteis de óleos essenciais de L. alba. No Pará, já foram encontrados três quimiotipos distintos: o primeiro contendo alto teor de 1,8-cineol, limoneno, carvona e sabineno (Santa Maria, Pará); o segundo com limoneno, carvona e mirceno (Belterra, Pará); e, por último, o quimiotipo constituído de neral, geranial, germacreno D e β-cariofileno (Chaves, Pará). No Amazonas e Sergipe foi observado o quimiotipo contendo carvona, limoneno, γ-muuroleno e mirceno. E em São Paulo e Goiás foram encontrados espécimes contendo grande quantidade de linalol. Destaca-se que, dentre os quimiotipos identificados no Brasil, os constituintes voláteis predominantes são carvona, limoneno, citral e linalol. sendo assim, é importante o acompanhamento da composição química do óleo essencial de L. alba, uma vez que esta espécie é bastante utilizada pela população. Ressalta-se a importância da continuidade das pesquisas com os óleos essenciais de Lippia alba no sentido de mapear se são diferentes espécies químicas ou variações dependentes de fatores ambientais.

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Publicado

2023-04-12

Como Citar

ALCÂNTARA DE SOUSA, K. .; QUARESMA SILVA JUNIOR, A.; DE SOUSA BARROSO, A.; HELENA VERAS MOURÃO, R.; ERICA MADURO BOUILLET, L. TIPOS QUÍMICOS DO ÓLEO ESSENCIAL DE Lippia alba (Mill.) N. E. Brown (VERBENACEAE). Anais do Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil, [S. l.], 2023. Disponível em: https://resumos.sbpmed.org.br/index.php/spmb/article/view/139. Acesso em: 26 abr. 2025.

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