ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA E RENDIMENTO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Pectis elongata KUNTH (ASTERACEAE) EM FUNÇÃO DO CULTIVO

Autores

  • José Pereira
  • Rosa Helena Veras Mourão Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Walter Lucas Corrêa Santana Universidade Federal do Oeste do Pará
  • Lais Tatiele Massing UFPA
  • Adenilson de Sousa Barroso Universidade Federal do Oeste do Pará

Palavras-chave:

Óleo essencial, Pectis elongata, Cultivo experimental

Resumo

Pectis elongata, Asteracea, é uma planta herbácea, conhecida no Norte do Brasil como "cuminho-bravo", "alecrim limão", "alecrim-bravo". Na cidade de Santarém, Pará, Brasil esta espécie é comercializada em feiras livres por pequenos produtores. É uma planta aromática rica em óleo essencial, que apresenta como constituinte majoritário o citral (mistura dos isômeros neral e geranial) perfazendo em torno de 80% de sua composição, o qual possui propriedades bacteriostáticas e fungistáticas, além de propriedades vasodilatasoras. O objetivo deste estudo foi analisar a composição química e o rendimento do óleo essencial de P. elongata cultivada em canteiro convencional e o cultivo em hidroponia. Partes aéreas da planta oriundas do viveiro da Universidade Federal do Oeste do Pará e do cultivo por hidroponia foram usadas para extração do óleo essencial por hidrodestilação. Para o cálculo de rendimento do óleo essencial foi considerado o peso da planta desidratada a 40 oC em estufa com circulação e renovação do ar e a quantidade de óleo obtido. A análise química do óleo essencial foi realizada em cromatógrafo gasoso acoplado a um espectrômetro de massas (CG-EM) e detector de ionização em chamas (DIC). Os constituintes foram identificados por comparação de seus espectros de massas e índices de retenção calculados como os descritos nas bibliotecas-padrão (ADAMS e FFNSC), usando o software GC-MS Solution (Shimadsu). O rendimento do óleo essencial foi de 1,4 e 1,43% para plantas obtidas de cultivo convencional (CC) e hidropônico (CH), respectivamente. Foram identificados até 40 compostos químicos nas amostras, os constituintes majoritários foram neral e geranial (37,23 e 55,4% para CC e 39,22 e 51,95% para CH). Destaca-se que a mudança na forma de cultivo não causou alterações expressivas à composição química e rendimento do óleo essencial, o que sugere que o mesmo poderá ser produzido em escala comercial por ambas as técnicas.

Biografia do Autor

Rosa Helena Veras Mourão, Universidade Federal do Oeste do Pará

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Ceará (1993), mestrado em Bioquímica Vegetal pela Universidade Federal do Ceará (1996) e doutorado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Pernambuco (2006) com bolsa sanduiche na Universidade Estadual de Campinas sob orientação do Prof. Dr. Mário Saad. Professora associada nível 4 do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Bolsista de Produtividade em Pesquisa (PQ2) do CNPq. Tem experiência na área de Bioquímica, com ênfase em Plantas Medicinais, atuando principalmente nos seguintes temas: diabetes, óleos essenciais, atividade antiinflamatória, padronização de extratos, atividade antimicrobiana e veneno de B atrox. É orientadora de mestrado nos Programas de Pós Graduação em Ciências da Saúde e Programa de Pós Graduação em Recursos Naturais (UFOPA) e doutorado no Programa de pós Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia (REDE BIONORTE).

Walter Lucas Corrêa Santana, Universidade Federal do Oeste do Pará

Graduando em Biotecnologia pela Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Desenvolvo atividades de estágio voluntário no Laboratório de Bioprospecção e Biologia Experimental da UFOPA desde 2018, sendo bolsista de iniciação científica no período de 2019 executando projeto de avaliação da atividade anticolinesterásica de óleos essenciais. Possuo conhecimento teórico e prático de atividades relacionadas à extração e identificação de constituintes químicos de óleos essenciais via cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CGEM).

Adenilson de Sousa Barroso, Universidade Federal do Oeste do Pará

Mestrado em Ciências Ambientais pelo Programa de Pós Graduação em Recursos Naturais da Amazônia da Universidade Federal do Oeste do Pará, graduação em Química Industrial pela Universidade Federal do Pará. Exerce o cargo de Coordenador Técnico do Instituto de Saúde Coletiva e com atuação de Técnico de Laboratório na área Química no Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento Farmacotécnico e Cosméticos e no Laboratório de Bioprospecção e Biologia Experimental da Ufopa, desenvolvendo atividades relacionadas a Cromatografia Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas, extração de aromas e óleos essenciais, produção e liofilização de extratos vegetais, ensaios fitoquímicos, caracterização de óleos fixos, controle de qualidade em fármacos e medicamentos, desenvolvimento de fórmulas e formas farmacêuticas, produção e padronização de cosméticos, além de composição centesimal de alimentos. Experiência docente com as disciplinas Química Geral, Orgânica e Inorgânica, Analítica Qualitativa e Quantitativa, Físico-Química, Química Medicinal, Bromatologia, Bioquímica, Farmacotécnica, Farmacognosia, Controle de Qualidade em Medicamentos e Alimentos, Atuação em empresas multinacionais de grande porte no segmento de papel e celulose, oftalmológica, cimento e concentrados de bebidas nas áreas de controle de qualidade e meio ambiente.

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Publicado

2023-04-12

Como Citar

PEREIRA, J.; HELENA VERAS MOURÃO, R.; LUCAS CORRÊA SANTANA, W.; TATIELE MASSING, L.; DE SOUSA BARROSO, A. ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA E RENDIMENTO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Pectis elongata KUNTH (ASTERACEAE) EM FUNÇÃO DO CULTIVO . Anais do Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil, [S. l.], 2023. Disponível em: https://resumos.sbpmed.org.br/index.php/spmb/article/view/186. Acesso em: 26 abr. 2025.

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