CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE Victoria amazonica (POEPP) J. C. SOWERBY NYMPHAEACEAE
Palavras-chave:
vitória-régia, Atividade antioxidante, AmazôniaResumo
Victoria amazonica popularmente conhecida como Vitória-régia, é uma planta aquática fixa com folhas flutuantes que podem medir até 2 metros de diâmetro. Além de seu uso na medicina tradicional, a espécie também vem ganhando mercado no setor de alimentos. Na comunidade Jari, Santarém, Pará, a espécie vem sendo cultivada visando seu potencial alimentício das folhas, pecíolos, sementes e rizomas. Sendo assim, o objetivo do estudo foi realizar a caracterização físico-química e avaliar a atividade antioxidante de extratos obtidos de folhas e peciolos de Victoria amazonica. O material vegetal foi coletado na Comunidade Jari no período de outubro de 2019 a fevereiro de 2020 e caracterizado quanto ao teor de umidade, cinzas, pH e indice de acidez. As folhas e pecíolos de V. amazonica foram higienizados e secos em estufa com circulação e renovação de ar a temperatura de 40 e 60 0C respectivamente. As amostras desidratadas foram trituradas em moinho de facas e utilizadas para produção dos extratos: extrato aquoso da folha (EtAF); extrato hidroalcoolico da folha (EtHF); extrato aquoso do pecíolo (EtAP) e extrato hidroalcoolico do pecíolo (EtHP). Ápos a evaporação dos solventes foi determinado o teor de fenóis totais e a atividade antioxidante pelo método de sequestro do radical DPPH. O teor de umidade foi de 96,74% para folha e 92,1% para o pecíolo, os teores de cinzas totais foram 10,95% para folhas e de 0,21% para o pecíolo. O pH das amostras de folhas foi de 4,40 e índice de acidez de 0,96%, para o o peciolo o pH foi de 5,20 e índice de acidez de 0,016%. O EtAF apresentou 17,92 ± 1,20 g/100g de polifenóis já EtHF apresentou o valor de 26, 63 ± 1,16 g/100g. Não foram identificados compostos fenólicos nos extratos do pecíolo, porém a atividade antioxidante foi observada em todos os extratos. Os extratos de folhas apresentaram maior percentual de inibição do radica DPPH, sendo o extrato EtHF de 83, 94% e o EtAF 77,01% na concentração de 1mg/mL. Mesmo em concentrações mais baixa como de 0,25mg/mL a inibição foi de 42,19% (EtAF) e 44,72% (EtHF). Para os extratos de EtAP a inibição foi de 19,09% e para EtHP de 40,68%, na concentração de 1mg/mL. Victoria amazonica é uma espécie com potencial para uso alimentício pois apresenta atividade antioxidante em extratos produzidos com as folhas e com peciolos. Os estudos estão sendo continuados no sentido de investigar outras propriedades relacionadas a planta.