O USO DO CANABIDIOL NO TRATAMENTO DA EPILEPSIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Palavras-chave:
Sindrome, Condição neurológica, CanabidiolResumo
Introdução: Segundo o protocolo clínico e diretrizes terapêuticas da epilepsia do Ministério da Saúde do Brasil (2015), a epilepsia é uma doença cerebral crônica associada à perturbação da função normal do cérebro, caracterizada por crises epilépticas não provocadas. O Canabidiol (CBD) é um dos ativos canabinóides da Cannabis sativa e constitui cerca de 40% das substâncias ativas da planta. Essa substância já vem sendo utilizado na prática clínica em diversos países, devido aos seus efeitos na redução de crises epiléticas em pacientes. Objetivo: Analisar o uso do canabidiol (CBD) no tratamento da epilepsia comparando aos tratamentos com fármacos antiepilépticos, observando a eficácia dos métodos de tratamentos e possíveis efeitos colaterais relacionados ao uso do CBD, através de revisão em artigos científicos. Metodologia: A revisão foi realizada empregando a base de dados Web of Science (disponível no portal do Periódicos Capes). As palavras-chaves utilizadas para seleção foram: convulsive crises; treatment of epilepsy; antiepileptics; cannabidiol clinical studies. O período de publicação dos artigos publicados foi de 2015 a 2022 e como critérios de exclusão, foram eliminados do estudo os artigos de resumos de reunião, revisão quantitativa e acesso antecipado. Resultados e Discussão: Como resultado, foram selecionados 10 artigos que se enquadraram nos critérios da pesquisa. Observa-se que na epilepsia a principal característica para sua determinação é pela ocorrência de manifestações convulsivas, indicando a predisposição cerebral permanente para gerar crises epilépticas. Em 7 estudos, o uso do canabidiol, mostrou-se eficaz e seguro no tratamento de epilepsia em humanos, de forma que este pode ser o primeiro canabinóides a ser uma alternativa no tratamento dessa desordem. Outros 12 estudos afirmam que os extratos padronizados com alto teor de CBD têm se mostrado eficaz na redução da frequência e severidade das convulsões, principalmente em crianças com tipos raros de epilepsia. Considerações Finais: Diante de vários estudos bibliográficos acerca do canabidiol, mostra-se que esta substância é muito relevante e com grande potencial para ser incluída como alternativa terapêutica para o tratamento de epilepsia. De acordo com as bibliografias podemos verificar que o efeito anticonvulsivo do canabidiol mostra-se capaz de reduzir significativamente as crises convulsivas de pacientes epiléticos, considerados pacientes resistentes à medicação tradicional. Mesmo diante dos vários estudos, ainda há a necessidade de um aprofundamento e investimento e principalmente estudos clínicos e a regulamentação pelos órgãos de controle para maior amplitude do uso desse produto natural.
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da epilepsia. Retificada em 27 de novembro de 2015. Disponível em< http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/dezembro/01/PT-SAS-N---1319- Epilepsia-RETIFICADA.pdf>. Acesso 20 de Set de 2022.
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