PROGRAMA FARMÁCIAS VIVAS

OFICINAS DE PLANTAS MEDICINAIS PARA A PROMOÇÃO DO USO RACIONAL

Autores

  • Amélia Maria Ramos Freire Universidade Federal do Ceará
  • Kellen Miranda Sá Universidade Federal do Ceará
  • Igor Lima Soares Universidade Federal do Ceará
  • Luiz Henrique de Amorim Pereira Universidade Federal do Ceará
  • Ednaldo Vieira do Nascimento Universidade Federal do Ceará
  • Mary Anne Medeiros Bandeira Universidade Federal do Ceará

Palavras-chave:

Farmácias Vivas, Fitoterapia, Uso Racional de Plantas Medicinais

Resumo

Diversos países investem recursos públicos em pesquisas e programas com plantas medicinais, observando-se crescente aceitação da fitoterapia por profissionais de saúde e população. Nas universidades brasileiras, a pesquisa científica com plantas medicinais é amplamente desenvolvida, porém, entre a população leiga, verifica-se um crescente incentivo ao uso irracional de plantas medicinais, o que foi ampliado pela tecnologia da informação (internet). O Programa Farmácias Vivas da Universidade Federal do Ceará, desde maio de 2012, estimula por meio de oficinas com a comunidade, o uso racional e científico de plantas medicinais. Este relato de experiência objetiva descrever o processo de retomada das oficinas de plantas medicinais, oferecidas aos moradores da cidade de Fortaleza, Ceará, após a pandemia de COVID-19. Foram estabelecidas 19 oficinas presenciais, para o período de agosto a dezembro de 2022, com duração de 4 horas cada e periodicidade semanal. Os participantes foram recrutados por meio dos canais institucionais (mídias digitais, site, rádio universitária e cartazes) sem distinção de público. Estabeleceu-se que as temáticas trabalhadas seriam subdivididas em eixos: agronômico, saúde e popular. Antes de cada oficina, uma dinâmica em grupo. O eixo agronômico contemplou visitas sensoriais ao horto, cuidados no cultivo, colheita e processamento de plantas medicinais. O eixo saúde incluiu noções de bem-estar, alimentação saudável, usos, formas de preparos caseiros com plantas medicinais cientificamente validadas, bem como, as respectivas patologias englobadas nos cuidados mais básicos (atenção primária). O eixo popular tratou do contexto histórico e importância do Programa Farmácias Vivas para a fitoterapia em saúde pública. Como resultados parciais, até o dia 16 de setembro de 2022, foram capacitadas 364 pessoas e ministradas sete oficinas (média de 52 participantes/oficina). Os eixos, agronômico e social, foram concluídos e, o eixo saúde foi iniciado. A idade do público tem variado entre 19 e 72 anos, englobando profissionais de saúde, universitários e leigos, com prevalência para o público feminino. A população tem trazido dúvidas pesquisadas na internet, verificando-se que as oficinas presenciais têm servido como espaço interativo de esclarecimento entre pesquisadores e comunidade. Infere-se parcialmente, que o formato adotado tem surtido resultados positivos. Ressalta-se a importância dos programas de extensão com foco em plantas medicinais como importantes meios para promoção do conhecimento científico associado.

Biografia do Autor

Luiz Henrique de Amorim Pereira, Universidade Federal do Ceará

Diversos países investem recursos públicos em pesquisas e programas com plantas medicinais, observando-se crescente aceitação da fitoterapia por profissionais de saúde e população. Nas universidades brasileiras, a pesquisa científica com plantas medicinais é amplamente desenvolvida, porém, entre a população leiga, verifica-se um crescente incentivo ao uso irracional de plantas medicinais, o que foi ampliado pela tecnologia da informação (internet). O Programa Farmácias Vivas da Universidade Federal do Ceará, desde maio de 2012, estimula por meio de oficinas com a comunidade, o uso racional e científico de plantas medicinais. Este relato de experiência objetiva descrever o processo de retomada das oficinas de plantas medicinais, oferecidas aos moradores da cidade de Fortaleza, Ceará, após a pandemia de COVID-19. Foram estabelecidas 19 oficinas presenciais, para o período de agosto a dezembro de 2022, com duração de 4 horas cada e periodicidade semanal. Os participantes foram recrutados por meio dos canais institucionais (mídias digitais, site, rádio universitária e cartazes) sem distinção de público. Estabeleceu-se que as temáticas trabalhadas seriam subdivididas em eixos: agronômico, saúde e popular. Antes de cada oficina, uma dinâmica em grupo. O eixo agronômico contemplou visitas sensoriais ao horto, cuidados no cultivo, colheita e processamento de plantas medicinais. O eixo saúde incluiu noções de bem-estar, alimentação saudável, usos, formas de preparos caseiros com plantas medicinais cientificamente validadas, bem como, as respectivas patologias englobadas nos cuidados mais básicos (atenção primária). O eixo popular tratou do contexto histórico e importância do Programa Farmácias Vivas para a fitoterapia em saúde pública. Como resultados parciais, até o dia 16 de setembro de 2022, foram capacitadas 364 pessoas e ministradas sete oficinas (média de 52 participantes/oficina). Os eixos, agronômico e social, foram concluídos e, o eixo saúde foi iniciado. A idade do público tem variado entre 19 e 72 anos, englobando profissionais de saúde, universitários e leigos, com prevalência para o público feminino. A população tem trazido dúvidas pesquisadas na internet, verificando-se que as oficinas presenciais têm servido como espaço interativo de esclarecimento entre pesquisadores e comunidade. Infere-se parcialmente, que o formato adotado tem surtido resultados positivos. Ressalta-se a importância dos programas de extensão com foco em plantas medicinais como importantes meios para promoção do conhecimento científico associado.

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Publicado

2023-04-12

Como Citar

RAMOS FREIRE, A. M.; MIRANDA SÁ, K.; LIMA SOARES, I.; DE AMORIM PEREIRA, L. H.; VIEIRA DO NASCIMENTO, E.; MEDEIROS BANDEIRA, M. A. PROGRAMA FARMÁCIAS VIVAS: OFICINAS DE PLANTAS MEDICINAIS PARA A PROMOÇÃO DO USO RACIONAL. Anais do Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil, [S. l.], 2023. Disponível em: https://resumos.sbpmed.org.br/index.php/spmb/article/view/182. Acesso em: 24 jun. 2025.

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