AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE FORMULAÇÕES LÍQUIDO-CRISTALINAS CONTENDO OLEORRESINA DE Copaifera reticulata

Autores

  • Cássia Valéria Pinheiro Corrêa UFOPA
  • Bruna Cantal Carvalho de Souza UFOPA
  • Maria Eduarda Cohen da Silva UFOPA
  • Victor Hugo Rabelo de Aquino
  • José Jeosafá Vieira de Sousa Junior UFOPA
  • Kariane Mendes Nunes UFOPA

Palavras-chave:

Vaginose, Copaíba, Fitoterápico, Líquido-cristalino

Resumo

A vaginose é uma das principais infecções que acometem as mulheres, sendo uma das maiores causas de consultas ginecológicas. Estudos preliminares indicam que 75% das mulheres foram acometidas pelo menos uma vez durante a vida com episódio de infecção vaginal, e mais de 40% delas apresentaram infecções reincidentes. Atualmente, os antibióticos são utilizados como primeira opção no tratamento dessas infecções, tanto pela administração por via oral quanto pelo uso tópico. Entretanto, o uso excessivo e não-racional dos antibióticos tem estimulado o surgimento de bactérias resistentes, além de ocasionar reações adversas aos usuários. Deste modo, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antimicrobiana de formulações líquido-cristalinas contendo o óleorresina de copaíba como tratamento alternativo das vaginoses. Para o preparo das formulações, a manteiga de murumuru (55%) foi aquecida à 40º C, em seguida foram adicionados tensoativo (40%), água (5%) e óleorresina de copaíba nas concentrações de 100 mg/g e 50 mg/g. Todas as formulações foram caracterizadas por microscopia de luz polarizada (MLP). Para atividade antimicrobiana foi utilizando o método de perfuração em ágar, e aíquotas de 100 µL da suspensão bacteriana foram inoculadas em placas de Petri contendo Ágar Mueller-Hinton e Ágar Sangue, para a cepa de Gardnerella vaginalis. Posteriormente, foram feitas perfurações nos meios com 8 mm de diâmetro os quais foram preenchidos com 100 µL das formulações, soluções controle de ciprofloxacino (1250µg/mL) e formulação base sem o óleorresina. Todas as formulações apresentaram texturas em forma de estrias, característico de estrutura líquido-cristalina de fase hexagonal. As formulações contendo 50mg/g de óleorresina apresentaram halo de inibição de 14,33±0,58, enquanto as formulações com concentração de 100mg/g apresentaram halo de inibição de 15,67±0,58. Portanto, todos os resultados advogam a favor da formulação contendo 100mg/g de óleorresina de copaíba como potencial candidata ao emprego clínico como um gel fitoterápico tópico do tipo líquido-cristalino para o tratamento de vaginose.

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Publicado

2023-04-12

Como Citar

PINHEIRO CORRÊA, C. V.; CARVALHO DE SOUZA, B. C.; COHEN DA SILVA, M. E.; RABELO DE AQUINO, V. H.; VIEIRA DE SOUSA JUNIOR, J. J.; MENDES NUNES, K. AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE FORMULAÇÕES LÍQUIDO-CRISTALINAS CONTENDO OLEORRESINA DE Copaifera reticulata. Anais do Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil, [S. l.], 2023. Disponível em: https://resumos.sbpmed.org.br/index.php/spmb/article/view/1. Acesso em: 25 abr. 2025.

Edição

Seção

Atividade biológica e etnofarmacologica

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