AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE FORMULAÇÕES LÍQUIDO-CRISTALINAS CONTENDO OLEORRESINA DE Copaifera reticulata
Palavras-chave:
Vaginose, Copaíba, Fitoterápico, Líquido-cristalinoResumo
A vaginose é uma das principais infecções que acometem as mulheres, sendo uma das maiores causas de consultas ginecológicas. Estudos preliminares indicam que 75% das mulheres foram acometidas pelo menos uma vez durante a vida com episódio de infecção vaginal, e mais de 40% delas apresentaram infecções reincidentes. Atualmente, os antibióticos são utilizados como primeira opção no tratamento dessas infecções, tanto pela administração por via oral quanto pelo uso tópico. Entretanto, o uso excessivo e não-racional dos antibióticos tem estimulado o surgimento de bactérias resistentes, além de ocasionar reações adversas aos usuários. Deste modo, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antimicrobiana de formulações líquido-cristalinas contendo o óleorresina de copaíba como tratamento alternativo das vaginoses. Para o preparo das formulações, a manteiga de murumuru (55%) foi aquecida à 40º C, em seguida foram adicionados tensoativo (40%), água (5%) e óleorresina de copaíba nas concentrações de 100 mg/g e 50 mg/g. Todas as formulações foram caracterizadas por microscopia de luz polarizada (MLP). Para atividade antimicrobiana foi utilizando o método de perfuração em ágar, e aíquotas de 100 µL da suspensão bacteriana foram inoculadas em placas de Petri contendo Ágar Mueller-Hinton e Ágar Sangue, para a cepa de Gardnerella vaginalis. Posteriormente, foram feitas perfurações nos meios com 8 mm de diâmetro os quais foram preenchidos com 100 µL das formulações, soluções controle de ciprofloxacino (1250µg/mL) e formulação base sem o óleorresina. Todas as formulações apresentaram texturas em forma de estrias, característico de estrutura líquido-cristalina de fase hexagonal. As formulações contendo 50mg/g de óleorresina apresentaram halo de inibição de 14,33±0,58, enquanto as formulações com concentração de 100mg/g apresentaram halo de inibição de 15,67±0,58. Portanto, todos os resultados advogam a favor da formulação contendo 100mg/g de óleorresina de copaíba como potencial candidata ao emprego clínico como um gel fitoterápico tópico do tipo líquido-cristalino para o tratamento de vaginose.