TRIAGEM FITOQUÍMICA E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO EXTRATO SECO DE LIBIDIA FERRAE (JUCÁ): CONTRIBUIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DE FORMULAÇÕES TÓPICAS
Palavras-chave:
extrato vegetal, Antioxidante, antiinflamatório, FitoterápicoResumo
A espécie Libidia ferrea, popularmente conhecida como Jucá, é predominante nas regiões norte e nordeste, e extensivamente utilizada na medicina popular por suas atividades cicatrizantes e antiinflamatórias no tratamento de feridas dérmicas. Em vista disso, o presente estudo teve como objetivo avaliar a composição fitoquímica e a atividade antioxidante do extrato seco da espécie L. Ferrea, visando seu emprego no desenvolvimento de formulações fitoterápicas de uso tópico. Os frutos da espécie utilizados nos ensaios foram coletados na área urbana do município de Santarém (PA), higienizados, triturados e levados à estufa a 40°C durante 72 horas para secagem. O extrato etanólico foi obtido por maceração a frio utilizando a proporção de 1:5 da droga em álcool 96°. Em seguida, foi levado ao rotaevaporador e liofilizado para obtenção do extrato seco. O estudo fitoquímico do extrato seco de Jucá foi obtido por Cromatografia de Camada Delgada (CCD) e determinação de compostos fenólicos por espectrofotometria no ultravioleta, utilizando como padrão de referência o flavonoide rutina. A atividade antioxidante do extrato foi determinada em triplicata pelo método de sequestro do radical 2,2-difenil-1-picril-hidrazil (DPPH). A investigação fitoquímica por CCD do extrato seco de L. ferrea revelou a presença de mancha azul escuro com fator de retenção (Rf) de 0,66, característicos de taninos hidrolisáveis e uma mancha amarelo claro com Rf de 0,67, referente à flavonoides, classes de substâncias citadas na literatura como potenciais antioxidante, antiinflamatório e cicatrizante. O teor de compostos fenólicos totais foi determinado com base em uma curva analítica (y = 97,368x - 7,0738) de sete pontos (R² = 0,99), a qual exibiu um teor de 3,1% de compostos fenólicos no extrato, corroborando com o potencial antioxidante apresentado na avaliação do extrato seco dos frutos da L. ferrea, onde se obteve uma CE 50% de 8,15 ± 0,46 µg/mL frente ao radical livre DPPH. Deste modo, o estudo apresentou dados de composição química e atividade antioxidante promissores ao desenvolvimento de formulações fitoterápicas semissólidas contendo extrato seco da espécie L. Ferrae com vistas ao tratamento de feridas dérmicas.